PT Call Center por Aires Mateus ©JoãoMorgado |
Devo confessar, uma vez mais, que sou (mais um) defensor da sempre-atual "velha máxima" - "Menos é mais!" Podemos afirmar que foi um movimento herdado de Mies Van der Rohe, onde nas suas obras reduzia aos mínimos os elementos que construíam os espaços, de modo a libertá-los e fazê-los flutuar. Longe de discordar de tão fantástico, e até, idolatrável "Mestre", penso que nesta nova época da frenética globalização, a Arquitetura Minimal, que atualmente podemos afirmá-la como inter-cultural ou globalmente uniforme, passa agora a ser encarada como uma "Arquitetura Essencial". Isto é, se até agora minimizamos os desenhos complexos (os "Rócócos") e passamos a desenhar espaços e mobiliários de linhas simples e objetivas. Nestes novos tempos e à semelhança dos escultores que "descobrem" esbeltas esculturas do interior de blocos de pedra brutos, conseguimos minimizar de tal forma a linguagem arquitectónica, que fizemos quase o impossível: retirar o supérfluo do minimal, encontrando o essencial.
A arquitetura hoje praticada busca a proporção ideal quer através do desenho rigoroso, como também por uma geometria subtil e de um entendimento generoso das vivências atuais, para que os seus utentes possam desfrutar dos espaços mas, acima de tudo, vivê-los apesar dos estilos de vida. Em suma, uma arquitetura mais positiva, uma arquitetura na medida ideal para sermos felizes.
Nota: É possível que no final deste texto tenhamos chegado à conclusão que minimal e essencial são, na verdade, gémeos siameses. (texto por André de Oliveira - andredeoliveira.arq@gmail.com)
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